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Quais as perspectivas para o mercado de FIIs?

07 de maio, 2025 Por: Larissa Nappo e Fausto Menezes - Analistas de Fundos Imobiliários no Itaú BBA

No seu encontro mensal com nossos analistas de FIIs, Larissa e Fausto trazem a análise de abril deste mercado, informações relevantes sobre a carteira recomendada de maio e o que esperar daqui pra frente.

Olá.

Estamos aqui em mais uma edição da coluna Renda com Imóveis, em que te trazemos um panorama do mercado de Fundos Imobiliários, nossas perspectivas e nossa Carteira Recomendada deste produto.

Na edição de hoje, faremos um giro pelos principais acontecimentos de abril, traremos nossas perspectivas daqui pra frente e, pra fechar, falaremos de nossa Carteira.

Vamos lá?

Abril: ajuste nas expectativas traz fôlego adicional para os FIIs

Dando continuidade à tendência de recuperação iniciada em meados de fevereiro, o mercado de FIIs registrou em abril mais um mês de desempenho positivo. O Ifix encerrou o mês com alta de 3,0%, acumulando valorização de 9,5% neste ano. A nossa Carteira Renda com Imóveis apresentou ganhos superiores aos do Ifix, com alta de 3,6% no período.

Em meio a um cenário global bastante incerto, tivemos no início de abril o anúncio de uma série de tarifas impostas pelos EUA aos produtos importados de diversos países, o que aumentou a tensão nos mercados.

Contudo, ao longo do mês, a elevação das tarifas foi postergada (com exceção da China) e houve a possibilidade de conversas bilaterais, resultando em um panorama menos pessimista do que o originalmente esperado no momento do chamado “Liberation Day”. Pelo menos no curto prazo, a percepção foi de certo alívio para os ativos de renda variável, o que conferiu fôlego adicional para os Fundos Imobiliários.

Saindo do âmbito macroeconômico e voltando para os FIIs, as melhores performances setoriais do Ifix em abril, na média, vieram dos fundos de varejo (+5,69%), seguido pelos fundos híbridos (5,54%) e fundos de fundos (5,42%). Em contrapartida, os FIIs de ativos financeiros mostraram uma rentabilidade abaixo da média, com uma alta de 1,23%. Vale lembrar que os fundos de tijolo possuem maior sensibilidade aos movimentos da curva de juros, e estamos em um cenário de ajustes das expectativas.

Mas, o cenário segue instável. A tendência de alta do Ifix pode ser interrompida conforme novas notícias forem sendo divulgadas. De qualquer forma, seguimos confiantes na nossa indústria, que, como temos comentado nos últimos meses, segue entregando bons resultados. Adicionalmente, os dados do setor imobiliário permanecem mostrando perspectivas positivas.

Perspectivas

Olhando para os próximos meses, seguimos com preferência pelos fundos de ativos financeiros este ano. No setor, observando fundos com carteiras sólidas e, principalmente no caso dos high grades¸ apresentando atrativa relação risco x retorno, com rendimentos acima de 14% e portfólios sem registros de inadimplência.

Acreditamos que os fundos indexados à inflação são boas opções para compor um portfólio robusto e diversificado, assim como aqueles que são indexados ao CDI, que devem continuar distribuindo proventos altos, já que a Selic deve alcançar o patamar de 15,25% a.a. no fim do ano, conforme projeções do nosso time Macro.

Em relação aos fundos de tijolo, com o atual ciclo de alta da taxa de juros, eles são os mais prejudicados. Contudo, já estamos no fim do ciclo – a projeção é de mais dois apertos, na magnitude de 0,50 pp cada, nas próximas reuniões do Copom.

Ademais, a alta observada nos últimos meses reduziu o desconto dos fundos, fazendo com que o Ifix voltasse a negociar mais próximo ao seu valor patrimonial. Ainda entendemos que o desconto atual não reflete o operacional dos fundos, que segue positivo, o que gera oportunidades para uma montagem de posição de longo prazo. Todavia, com a redução do desconto e diante do atual cenário macroeconômico, precisamos ter maior cautela ao realizar movimentos, entendendo que este é um cenário de volatilidade.

Mantemos nossa perspectiva otimista para o mercado imobiliário no médio e longo prazo. Mesmo considerando o atual patamar da taxa de juros, avaliamos que os Fundos Imobiliários continuarão com uma boa relação de risco x retorno em comparação a outras classes de ativos. No entanto, incertezas no âmbito global e interno podem continuar trazendo volatilidade no curto prazo. Precisamos acompanhar de perto o movimento na curva longa de juros, que vem ditando o ritmo do mercado.

Composição da Carteira Renda com Imóveis

Agora, vamos falar sobre a nossa carteira recomendada de FIIs. A composição atual é a seguinte:

  • HGCR11
  • KNCR11
  • KNUQ11
  • KNIP11*
  • BRCO11
  • KNRI11
  • BTLG11
  • PVBI11
  • RBRP11
  • HGRU11
  • HSML11
  • XPML11

No momento, a carteira tem 40% de exposição no setor de Ativos Financeiros, 22,5% em Galpões Logísticos, 15% em Lajes Corporativas, 15% em Shopping Centers e 7,5% em Varejo.

Nessa composição, o dividendo corrente (dividend yield) da carteira é de 11,3%. Desde sua criação, em abril de 2018, seu retorno acumulado é de 81,8%, contra 44,6% do Ifix.

Considerações finais

Seguimos otimistas com o futuro dos Fundos Imobiliários e reforçando que o operacional dos setores continua apresentando melhoras. O que tem impacto negativamente no setor é a variável juros, que apesar das revisões, segue com projeções de encerrar o ano em 15,25% a.a. Outrossim, novas alterações podem ocorrer e voltar a movimentar o mercado.

Mantemos nossa posição de cautela e acompanhando os principais acontecimentos do mercado, sempre prontos para tomar alguma medida que se faça necessária.

Se você quiser se aprofundar ainda mais neste mercado e em setores e papéis específicos da nossa recomendação, .

Até a próxima.

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