Minicontratos: o que são e como operar esses ativos no Day Trade?
Entenda a estratégia
As operações de Day Trade, quando os investidores compram e vendem um determinado ativo dentro de um mesmo pregão na Bolsa, têm ficado cada vez mais populares, assim como os riscos inerentes a essa forma de investir.
Além das tradicionais ações de empresas, há uma outra classe “queridinha” de quem já é habituado ao Day Trade: os minicontratos. E, mesmo para quem ainda está começando e testando as temperaturas, é possível incorporar os minicontratos na estratégia, segundo Igor Caixeta, analista técnico e especialista do Itaú BBA, que vai comandar uma Live especial sobre o tema em 25 de setembro, às 19h. Acesse aqui o link para ativar a notificação para a Live!
Temas que serão abordados na live
- O que é Mercado Futuro;
- Como começar a investir em Minicontratos e dicas para buscar maximizar os ganhos e reduzir os riscos;
- Como operar Minicontratos no Day Trade;
- As vantagens e os riscos desses ativos;
- O que poderá encontrar no curso sobre Minicontratos do íon Edu.
Participantes
Mari Negri
Gerente das Mesas de Atendimento e Assessoria da Itaú Corretora
Igor Caixeta
Analista de Ações íon Itaú
Lucas Piza
Analista de Ações íon Itaú
Antes…o que são derivativos?
A definição de derivativo, segundo a B3 (Bolsa oficial do Brasil) é: “instrumentos financeiros cujos preços estão ligados a outro ativo que lhes serve de referência”.
Mas o que isso quer dizer? Significa que um contrato futuro de dólar, por exemplo, é um derivativo do dólar negociado à vista.
A ideia inicial desse tipo de investimento é o hedge, a proteção de alguma posição ou fluxo financeiro que você terá no futuro.
Exemplo sobre a importância dos derivativos
Imagine uma pessoa produtora de café, que tem uma propriedade, e começa a plantar. Ela também terá custos para fazer essa plantação, como insumos, sementes e adubos. Além dos custos, existem outros riscos difíceis de medir, como o clima. Mas, considerando que tudo corra bem, após algum tempo a colheita será feita. Para um melhor planejamento desse produtor, ele precisa ter noção de quanto conseguirá vender as sacas de café no futuro. Assim, consegue fazer cálculos e entende se faz sentido ou não seguir com aquele negócio. Ele não pode, portanto, estar exposto a 100% das oscilações de preço. É aí que entra o mercado futuro, no qual o produtor consegue fechar algum contrato já estipulando o preço que aquela mercadoria será vendida. Isso é importante para os dois lados, tanto para quem vende o café neste caso quanto para quem compra, pois conseguirá, a partir do preço estipulado, fazer toda a sua projeção financeira futura.
Também existe a possibilidade de negociar esses contratos na Bolsa de Valores sem a intenção de receber as sacas de café. Se o interesse está apenas na flutuação dos preços em um curto espaço de tempo, aqui entra o papel do especulador. Essa é uma outra opção para negociar contratos futuros, diferente da intenção de proteger os preços a fim de não ter grandes prejuízos.
Um produtor vende as mil sacas de café, que ele ainda vai começar a plantar, ao preço de R$ 600. Dessa forma ele tem a vantagem da previsibilidade de quanto vai ganhar ao entregar o café. Vamos pensar em um cenário em que um pouco antes de colher acontece uma forte geada e tem uma grande perda do que seria colhido. O preço do café sobe no mercado e passa a ser comprado a R$ 1200 a saca.
O que acontece com o produtor do nosso exemplo aqui? Mesmo que tenha um aumento do preço da saca ele irá entregar o que produziu pelo valor do contrato que foi predeterminado, lembra? Os R$ 600 por saca. O que ele poderá aproveitar dessa alta é realizando novas vendas de sua próxima safra, ajustando assim o preço médio de suas vendas ao longo do tempo.
Do outro lado, quem comprou as sacas de café foi uma indústria, que precisa dos grãos para sua produção. Para não sofrer impactos como esse da geada, a indústria compra contratos futuros de café a R$ 600.
Em outro cenário, se o preço do contrato cair, e estiver sendo negociado, por exemplo, a R$ 400 o produtor pode ficar tranquilo pois irá receber os R$ 600 por saca, e a indústria pagará esse valor mesmo que o valor atual seja menor.
‘Mas não sou produtor nem indústria’: e agora?
A lógica do exemplo vale para grandes produtores, grandes investidores e grandes indústrias. Mas e para os investidores pessoa física que querem uma alternativa na Renda Variável?
É aí que entram os minicontratos, que são mais acessíveis e não demandam uma quantidade enorme de dinheiro para investir, em comparação com os contratos futuros tradicionais.
Uma característica relevante desse tipo de investimento é a alta possibilidade de alavancagem. Ou seja, os derivativos em geral permitem que investidores usem uma maior quantia para investir mesmo que não tenham, de fato, esse dinheiro.
Isso pode ser feito por meio de uma margem de garantia, que é uma parcela do valor total de exposição financeira. “Esse é um sinal de alerta, pois caso o gerenciamento de risco não aconteça de forma apurada, e o investidor abuse da alavancagem, a situação poderá ficar bem complicada”, explica Igor Caixeta.
Para quem vai começar a investir, os ativos que são aceitos como garantia pela B3 são ações e títulos públicos e alguns títulos bancários, entre outros. Para poder abrir posições em contrato futuro, é necessário ter algum valor direcionado como garantia, para cobrir eventuais prejuízos nas operações.
Para ficar algo mais prático, os valores por contrato que são exigidos hoje pela Itaú Corretora, por exemplo, são de R$200 para cada mini dólar e cada mini índice, duas das modalidades mais escolhidas pelos investidores de minicontratos.
Isso significa que, em dólar, com R$ 200 reais de garantia é possível negociar um derivativo que é equivalente a aproximadamente R$ 50.000,00. Seguindo a mesma lógica para o índice, com R$200, é possível negociar um derivativo que representa próximo de R$23.000,00.
Para saber melhor como incluir os ativos em garantia para iniciar as operações com mini dólar e mini índice, entre em contato com o seu especialista íon ou com a mesa de operações corretora, no telefone 4004-3131.
E, claro, acompanhe a Live no dia 25 e os cursos sobre Day Trade no íon Edu.