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Máxima histórica do Ifix, recompra de cotas e mais: confira o que movimentou o mercado de FIIs em maio

11 de junho, 2025 Por: Larissa Nappo e Fausto Menezes - Analistas de Fundos Imobiliários no Itaú BBA

No seu encontro mensal com nossos analistas de FIIs, Larissa e Fausto trazem a análise de maio deste mercado, informações relevantes sobre a carteira recomendada de junho e o que esperar daqui pra frente.

Olá.

Estamos aqui em mais uma edição da coluna Renda com Imóveis, em que te trazemos um panorama do mercado de Fundos Imobiliários, nossas perspectivas e nossa Carteira Recomendada deste produto.

Na edição de hoje, faremos um giro pelos principais acontecimentos de maio, traremos nossas perspectivas daqui pra frente e, pra fechar, falaremos de nossa Carteira.

Vamos lá?

Como foi o último mês?

Maio chegou ao fim com valorização acumulada de 11,1% dos Fundos Imobiliários em 2025. É bem verdade que o desempenho do Ifix no quinto mês do ano foi menos expressivo, uma alta de 1,4%, refletindo maior estabilidade na região dos 3.400 pontos – mas o índice segue próximo às máximas históricas. Nossa Carteira Renda com Imóveis apresentou ganho próximo ao do Ifix, de + 0,8% no mês.

Podemos nos animar com o comportamento favorável dos FIIs, mas vale ponderar que a volatilidade segue elevada diante do nível de incerteza ainda presente no cenário. Em nossa visão, o movimento de alta visto nos primeiros meses deste ano pode arrefecer; sendo que os ajustes das expectativas macroeconômicas é que seguirão responsáveis por ditar o ritmo no nosso mercado.

Chance de fim do ciclo de alta da Selic, mas ainda longe dos cortes

Em maio, o Copom elevou a taxa básica de juros da economia para 14,75% ao ano; um aumento de 0,50 p.p. da Selic. Na ata da reunião, o Banco Central salientou que a política monetária está em patamar significativamente contracionista e que a atividade está desacelerando. Diante disto, o entendimento do mercado foi o de que este pode ter sido o último movimento de alta dos juros no atual ciclo de aperto monetário. Na esteira, nossa área Macro revisou as expectativas e espera agora uma Selic estável no atual patamar até o fim deste ano, com anúncios de cortes apenas no ano que vem, para 12,75% a.a..

Voltando aos Fundos Imobiliários, as melhores performances setoriais do Ifix em maio, na média, vieram dos fundos de ativos financeiros (2,7%), seguidos pelos fundos de galpões logísticos (2,1%) e multiestratégia (2,0%). Em contrapartida, os fundos de investimento imobiliários de varejo mostraram uma rentabilidade abaixo da média, com uma alta de 0,5%, seguidos pelos fundos de shoppings (1,0%) e fundos de fundos (1,2%).

O Ifix renovou máxima histórica no mês de maio. Contudo, o índice segue com desconto em relação ao valor patrimonial, diante de um cenário de elevadas incertezas no Brasil e no ambiente internacional. Precisamos acompanhar a evolução das variáveis que afetam a curva futura de juros, que tem ditado o ritmo do mercado.

Amadurecimento da indústria

Não podemos deixar de mencionar que, em mais um episódio de avanço da indústria de fundo imobiliários, no dia 20 de maio a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou a recompra de cotas negociadas na B3 para os FIIs e Fiagros. Essa discussão ganhou força após as fortes quedas observadas no fim do ano passado, em função do elevado nível de desconto no mercado secundário dos fundos listados em Bolsa.

A operação já existe para as Ações, e envolve diversas regras, como definição de um prazo e a quantidade de papéis que serão retirados de livre circulação, sendo muito utilizada como uma demonstração de confiança no resultado da companhia.

No caso dos fundos listados, o trâmite operacional e as regras ainda não foram definidos. Detalhes neste sentido serão conhecidos com a divulgação da ata completa da decisão da CVM, que tem prazo de até 30 dias após o encontro para ser publicada. Seguiremos te mantendo informado(a).

Composição da Carteira Renda com Imóveis

Agora, vamos falar sobre a nossa carteira recomendada de FIIs. A composição atual é a seguinte:

  • HGCR11
  • KNCR11
  • KNUQ11
  • KNIP11*
  • BRCO11
  • KNRI11
  • BTLG11
  • PVBI11
  • RBRP11
  • HGRU11
  • HSML11
  • XPML11

No momento, a carteira tem 40% de exposição no setor de Ativos Financeiros, 22,5% em Galpões Logísticos, 15% em Lajes Corporativas, 15% em Shopping Centers e 7,5% em Varejo.

Nessa composição, o dividendo corrente (dividend yield) da carteira é de 11%. Desde sua criação, em abril de 2018, seu retorno acumulado é de 83,3%, contra 46,7% do Ifix.

Considerações finais

Seguimos otimistas com o mercado de Fundos Imobiliários, reforçando que o operacional dos setores continua apresentando melhoras. O que tem impactado negativamente é a variável juros, diante de projeções de encerrarmos o ano com a Selic no atual patamar de 14,75% a.a. Seguimos de olho em novas sinalizações nesse sentido.

Se você quiser se aprofundar ainda mais neste mercado, nas notícias relevantes e em setores e papéis específicos da nossa recomendação,.

Até a próxima.

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