Na coluna desta quinzena, Renato Eid explica o modelo BANI de interpretação da atualidade – e apresenta o SPXR11, mostrando como ele pode se destacar nesse contexto.
Olá.
Desde a década 1990, o mundo tem sido interpretado sob a ótica do modelo VUCA — um ambiente volátil, incerto, complexo e ambíguo.
No entanto, a sucessão de crises e instabilidades das mais diversas fontes revelou a necessidade de uma modernização desse contexto.
Surge então o modelo BANI, que define o mundo atual como frágil, diante de sistemas vulneráveis; ansioso, com excesso de informação; não-linear, onde causa e efeito se desconectam; e incompreensível, com eventos sem lógica aparente.
Na última coluna, escrevi sobre os desenvolvimentos desses primeiros meses de 2025. Mas desde a sua publicação, tivemos novos fatos relevantes que reforçam estarmos nesse modelo BANI, demandando tanto uma visão de médio e longo prazo para nossos investimentos quanto a busca incessante pela diversificação.
Apesar desse cenário desafiador, o modelo BANI também abre espaço para inovação e adaptação. Segundo o Fórum Econômico Mundial, 77% dos especialistas acreditam que as empresas responderão a esse novo mundo por meio da inovação — e isso pode representar uma importante oportunidade para investidores atentos às transformações estruturais e às oportunidades de longo prazo.
Não à toa, as empresas americanas que têm liderado essa corrida têm apresentado uma capacidade relevante de pivotar os seus modelos de negócio para buscar aquilo que realmente é vanguarda, se diferenciando em termos de performance. Isso ajuda a explicar por que os Estados Unidos representam cerca de 66% do mercado acionário global, enquanto o Brasil fica com menos de 0,5% — além de oferecer uma gama muito mais ampla de setores produtivos.
O S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas americanas, continua sendo uma referência para quem quer se expor à economia global. E o SPXR11, ETF que replica esse índice, já é destaque em 2025, com a maior captação da indústria de ETFs no Brasil.
Mas ele vai além: combina a diversificação internacional com a inteligência local de se aproveitar do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos — atualmente acima de 10% ao ano. Esse diferencial se traduz em um yield atrativo e cria uma ponte entre a Renda Variável americana e a Renda Fixa brasileira.
Esse cenário também se relaciona com o debate sobre o dólar. A Dollar Smile Theory sugere que a moeda americana se fortalece em momentos de crise ou de forte crescimento nos EUA. Já a Dollar Frown Theory propõe o oposto: nesses extremos, o dólar pode enfraquecer, ganhando força apenas quando os EUA estão relativamente melhores que o restante do mundo. Ambas tentam explicar os movimentos não lineares da moeda — e, até aqui em 2025, temos visto uma tendência de desvalorização do dólar.
Dentro desse contexto, o SPXR11 se destaca por oferecer uma combinação poderosa: exposição a empresas inovadoras dos Estados Unidos com o benefício local dos juros mais altos das últimas duas décadas. É um ETF que traduz na prática o conceito de diversificação com estratégia. Nos últimos três meses ele acumula ganhos de mais de 8%, reforçando sua resiliência em meio ao caos.
Em um mundo BANI, onde a única certeza é a mudança, buscar a visão global aliada ao porto seguro da Renda Fixa local se torna relevante. E o SPXR11 é, hoje, um aliado nessa jornada.
Um abraço e até o próximo artigo.
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