Neste artigo, vamos explorar alguns comportamentos comuns entre investidores e, ao final, haverá uma indicação de um excelente livro sobre o assunto.
Olá.
Investir em ativos de Renda Variável, como Ações e Fundos Imobiliários, envolve mais do que saber analisar empresas, acompanhar notícias econômicas ou fazer análise de gráficos. A forma como pensamos e reagimos emocionalmente ao mercado pode influenciar diretamente nossos resultados. Esses padrões mentais automáticos são chamados de vieses cognitivos.
Vieses cognitivos são atalhos que o cérebro utiliza para tomar decisões mais rapidamente. No entanto, no mercado financeiro, esses atalhos podem nos levar a decisões equivocadas.
A seguir, conheça alguns dos vieses mais comuns e veja como eles podem afetar seus investimentos.
Aversão à perda
O sofrimento de ver uma Ação desvalorizar 15% é maior do que a sensação de bem-estar de vê-la valorizar 15%. Isso leva muitos investidores a segurarem ativos em queda por tempo demais, esperando que “voltem ao preço de compra”, mesmo que a empresa tenha perdido fundamentos. O medo de realizar prejuízo trava o investidor e impede uma decisão racional.
Como evitar: a dor de perder dinheiro é psicologicamente mais intensa do que a satisfação de ganhar. Avalie suas posições com base em fundamentos, não em emoções. Pergunte-se: “se eu não tivesse essa Ação hoje, eu a compraria?”
Ancoragem
A ancoragem acontece quando nos fixamos em um número de referência e passamos a basear todas as decisões a partir dele. No mercado, isso geralmente acontece com o preço de compra de uma Ação. Por exemplo: acreditar que uma Ação está “barata” só porque caiu 30%, mesmo que o mercado todo esteja em tendência de queda, ou que a empresa tenha reportado prejuízo, ou até mesmo mudança no fundamento e cultura do negócio.
Como evitar: olhe para os dados atuais e para o cenário futuro da empresa, em vez de se prender ao passado.
FOMO (Fear of Missing Out)
O FOMO, ou “medo de ficar de fora”, costuma aparecer quando vemos uma Ação subindo rapidamente e está todo mundo comentando sobre ela. Isso gera uma pressão emocional para entrar no investimento às pressas, o que pode levar a compras mal avaliadas e em momentos desfavoráveis.
Como evitar: tenha uma estratégia clara e evite tomar decisões com base em “modismos” ou pressão social. Se o ativo realmente for bom, ele ainda terá valor no longo prazo.
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A boa notícia é que todos nós temos algum viés e podemos aprender com eles. Isso é o que Daniel Kahneman diz no livro “Rápido e Devagar” – ótimo livro por sinal – onde aborda o “Sistema 1”, que seria um sistema rápido, intuitivo e automático nas tomadas de decisões. Não é uma falta de inteligência da sociedade como um todo e sim padrões que influenciam tomadas de decisões de formas mais rápidas ou sob pressão.
O primeiro passo é reconhecer que nem sempre nossas decisões são racionais. O segundo é criar “mecanismos” de proteção, como ter estratégias claras nos investimentos, estabelecer regras de entradas e saídas de posições na bolsa, fazer análises fundamentadas e não emocionais e acompanhar investimentos de maneira equilibrada, sem obsessão.
Para te ajudar com esse acompanhamento, você pode contar com o time de especialistas de investimentos do íon Itaú. Entre em contato para conversas objetivas, estratégicas, claras e isentas.
Até o próximo artigo!
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