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Como diversificar os riscos na Renda Fixa?

05 de agosto, 2024 Por: Lucas Queiroz

Como diversificar os riscos na Renda Fixa?

Ao contrário do que muitos pensam, esta classe pode oferecer opções variadas de complexidade e condições

Comprar uma ação na Bolsa significa adquirir uma parcela de propriedade de uma empresa. No entanto, é importante compreender que, ao comprar uma ação, você está, na verdade, investindo nos fluxos de caixa futuros de uma companhia, o que resulta em incertezas.

Afinal, o retorno desse tipo de investimento não é garantido e está ligado ao sucesso e ao desenvolvimento dos negócios. Se a empresa prosperar e gerar lucros, você pode receber dividendos e ver o valor da sua ação aumentar. Mas se os negócios da empresa enfrentarem desafios, seus investimentos também podem ser afetados, chegando ao limite de perda completa do capital investido, em caso de falência.

Posto isso e considerando o perfil volátil de economias emergentes como o Brasil, não é difícil compreender a baixa penetração do investimento em ações em nosso país. Alguns estudos indicam que não mais do que 2% a 3% da população brasileira mantém investimentos no mercado acionário, ao passo que esta métrica chega próxima a 60% nos Estados Unidos.

Por aqui, a renda fixa é preferência nacional. Mas, será que dá para ter uma carteira diversificada somente com títulos de renda fixa?

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Como diversificar na renda fixa?

Quando falamos em diversificação, estamos falando em diversificar as fontes de risco em uma carteira de investimentos. Dessa forma, caso um dos riscos mapeados venha a se materializar e, por consequência, um dos investimentos enfrente dificuldades, os outros não necessariamente seguirão pelo mesmo caminho.

Assim como em outras classes de ativos, é possível ter uma carteira de investimentos diversificada somente com ativos de renda fixa.

Para isso, você deve se atentar ao emissor do título e ao índice atrelado. Como um título de renda fixa nada mais é do que um título de dívida, é importante conhecer a saúde financeira da instituição emissora que terá a obrigação de honrar o compromisso feito com os investidores.

Segundo dados da Anbima, o governo era o emissor de 51% do estoque de títulos de renda fixa no Brasil ao final do mês de outubro deste ano. Dentre outros motivos, pela capacidade estatal de emissão de papel-moeda e extração de recursos do setor produtivo através da tributação, os títulos de emissão pública são, em geral, os ativos de menor risco de crédito em um país.

Os 49% restantes do estoque de títulos de renda fixa eram divididos entre emissores privados, com os títulos de emissão bancária respondendo por quase 70% deste total. Neste caso é importante ressaltar que instrumentos como o CDB, Letras Financeiras, a LCA e a LCI possuem o mesmo risco de crédito, que é o da instituição financeira emissora.

Tendo diversificado o risco de crédito, passamos à análise das fontes de risco que possam alterar o retorno da sua carteira de investimentos ao final de sua jornada de investimentos. Pós-fixados, prefixados e indexados à inflação são as opções disponíveis.

Os títulos pós-fixados têm seus rendimentos atrelados a um indicador, como a taxa Selic. Em contraste, os títulos prefixados oferecem uma taxa de juros fixa, garantindo aos investidores um retorno conhecido no vencimento, independentemente das flutuações nas taxas de juros de mercado. Por fim, os títulos indexados à inflação, popularmente conhecidos como IPCA+, possuem rendimento atrelado à variação do índice de inflação, além de uma taxa de juros pré-determinada.

A escolha entre investimentos pós-fixados, prefixados e indexados à inflação é altamente dependente dos objetivos de cada investidor. Para horizontes de investimento mais curtos, onde a volatilidade do retorno é uma preocupação central, títulos pós-fixados geralmente se destacam, pois oferecem uma maior previsibilidade em relação aos retornos, já que estão vinculados a indicadores como a taxa Selic.

Por outro lado, para horizontes de longo prazo, nos quais a incerteza sobre o valor nominal de bens e serviços é uma consideração importante, a melhor estratégia muitas vezes é buscar aumentar o poder de compra ao longo do tempo. Em outros casos, quando a intenção do investidor é se proteger de um cenário de juros em queda adiante, o prefixado pode ser a melhor opção.

Como visto, uma cesta de títulos de renda fixa com pulverização de emissores e composição de indexadores pode se mostrar robusta em cenários econômicos distintos. O balanceamento das exposições, no entanto, deve ser ajustado em função dos seus objetivos e prazos de investimento. Será que os seus investimentos estão adequados às suas necessidades? Vale a reflexão! Para se aprofundar mais em renda fixa, assista ao curso gratuito do íon Edu!

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