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2025 até aqui: um mundo cheio de perguntas, com poucas respostas certeiras

12 de junho, 2025 Por: Renato Eid - Sócio da Itaú Asset e Head de Estratégias Beta e Investimento Responsável no Itaú

Nesta edição de sua coluna, Renato Eid faz uma recapitulação de como os mercados têm performado este ano – e traz reflexões importantes para quem investe.

 

Olá.

Na coluna de hoje, quero falar com você sobre o desempenho de diferentes mercados em 2025 até aqui – e o que esperar daqui pra frente.

O primeiro semestre desse ano foi marcado por fortes movimentos entre as diversas classes de ativos, refletindo um ambiente global desafiador e fatores específicos do cenário doméstico. A tabela disponível abaixo, que traz o desempenho consolidado dos últimos 5 anos para diferentes produtos e índices, evidencia a expressiva volatilidade entre os ativos — e reforça a importância da diversificação e de uma alocação estratégica bem calibrada.

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O que os mercados nos mostraram até aqui?

Em um ano em que vimos a maior taxa de juros desde 2006, a Renda Fixa tem reafirmado seu papel como porto seguro em momentos de maior incerteza.

Os ETFs de Renda Fixa, tanto aqueles atrelados ao Tesouro IPCA+ (como e ) quanto os indexados ao Tesouro prefixado (como e ), vêm apresentando desempenho acima do CDI e da inflação, evidenciando sua atratividade no cenário atual.

Mas o que surpreendeu mesmo foi o desempenho da Renda Variável local, que lidera o ranking de performance no ano. Já comentamos sobre isso , e o fato é que o entusiasmo com a classe persiste. No acumulado de 2025, os destaques ficam com e , impulsionados pela retomada de setores ligados ao crescimento econômico.

Já no mercado internacional, além da forte recuperação do Bitcoin, a boa retomada do S&P 500 mostra que a força da economia americana continua viva — mesmo após os questionamentos recentes sobre sua sustentabilidade no longo prazo.

Então, o que esperar do segundo semestre?

Lá fora, a perspectiva de cortes de juros pelo Federal Reserve vem sendo adiada para o final do ano. A força da economia dos EUA reduziu os temores de recessão e, como reflexo, deu suporte às bolsas globais. Porém, a guerra tarifária ainda persiste e pode manter a volatilidade elevada, especialmente em ativos mais sensíveis aos movimentos de juros e à trajetória do dólar — que segue sob intenso escrutínio em relação a uma possível tendência de desvalorização.

No Brasil, o ambiente doméstico continua permitindo um otimismo moderado. A discussão agora gira em torno dos próximos passos da taxa Selic. Porém, mais importante do que o ritmo de curto prazo é a direção no médio prazo: o Brasil está em uma trajetória que tende a levar os juros para patamares mais baixos — um fator que, historicamente, favorece a performance de ativos de risco.

E os seus investimentos?

Neste cenário, a diversificação segue sendo a palavra-chave. É hora de pensar em alocações que combinem diferentes geografias, estilos e horizontes.

Na Renda Variável local, o ETF — com foco em empresas pagadoras de dividendos — surge como uma excelente opção para quem busca resiliência e recorrência. Já na Renda Fixa, produtos como e seguem oferecendo boa relação risco-retorno, especialmente em uma curva de juros como a atual.

Para a exposição internacional, (tecnologia global) e (S&P 500 com benefício de receber os juros locais) continuam sendo alternativas robustas para compor um portfólio global equilibrado.

Por fim, ativos descorrelacionados como e ouro continuam atraentes — especialmente em tempos de incerteza geopolítica e instabilidade de moeda.

A chave é ter ritmo, consistência e disciplina

Investir é como correr uma maratona. Exige preparo, disciplina e, acima de tudo, visão de longo prazo. Há momentos de aceleração, outros de recuperação. Mas, em todos eles, o que diferencia o bom corredor — ou investidor — é sua capacidade de manter o foco, ajustar o ritmo conforme o terreno e não perder de vista a linha de chegada.

Que possamos seguir firmes, passo a passo, construindo portfólios mais resilientes, equilibrados e alinhados com nossos objetivos de vida. Afinal, o segundo semestre ainda reserva muitos quilômetros — e oportunidades — pela frente.

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