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Como ir além da Renda Variável tradicional?

11 de julho, 2025 Por: Renato Eid - Sócio da Itaú Asset e Head de Estratégias Beta e Investimento Responsável no Itaú

Em sua coluna dessa quinzena, Renato Eid fala sobre as Small Caps, seu desempenho neste ano e uma forma de acessar este mercado.

Olá.

Já estamos no segundo semestre de 2025 – um ano que, até aqui, tem reforçado cada vez mais o cenário descrito pelo modelo BANI – frágil, ansioso, não linear e incompreensível –, sobre o qual comentei na última coluna (). E, mesmo nesse ambiente incerto, a Renda Variável tem surpreendido com uma performance expressiva.

E é sobre isso que vamos falar no artigo de hoje.

Diversificação: mais essencial do que nunca

Mas pra começar, um lembrete importante:

Antes de se perguntar se ainda há espaço para ganhos, vale lembrar: diversificação é a base de uma estratégia de investimentos inteligente. Investir é lidar com cenários, probabilidades e hipóteses – e, por isso, contar com diferentes ativos no portfólio é essencial. Afinal, estamos lidando com uma equação cheia de variáveis, e não com uma única solução.

O que tem sustentado o desempenho da Renda Variável?

Mesmo com juros altos no Brasil e um ambiente externo desafiador, a bolsa tem entregado resultados positivos. Por quê?

  • O posicionamento técnico segue leve: muitos investidores ainda estão pouco expostos à Renda Variável.
  • O múltiplo preço/lucro (P/L) do Ibovespa gira em torno de 8x – abaixo da média histórica de 10x.
  • O cenário segue atrativo para dividendos.
  • E, diante de um novo tabuleiro geopolítico, cresce o interesse por mercados emergentes, como o Brasil.

Não à toa, investidores estrangeiros já aportaram mais de R$ 26 bilhões na bolsa em 2025, com destaque para os R$ 5 bilhões em junho.

Oportunidades além do Ibovespa

Com isso, o Ibovespa acumulou alta de mais de 15% no primeiro semestre, superando o CDI (6,80%) e o IPCA (cerca de 3%). Mas é importante reforçar: a Renda Variável vai muito além do Ibovespa ou do .

Um bom exemplo é o , ETF que investe em small caps, as empresas de menor capitalização da bolsa.

E por que isso é relevante?

  • Small caps costumam reagir mais fortemente a cortes de juros.
  • Para cada ponto percentual de queda na Selic, o retorno médio dessas empresas supera aquele apresentado pelas Ações do Ibovespa.
  • Além disso, elas estão ainda mais descontadas que o índice tradicional, considerando a relação atual de preço/lucro.

Só em 2025, o já acumula alta de 26%, superando o Ibovespa em mais de 10 pontos percentuais.

E como isso impacta a estratégia?

Isso significa que você deve concentrar toda sua Renda Variável em small caps? Definitivamente não. Small caps têm mais volatilidade, e é justamente por isso que elas funcionam melhor como parte de uma estratégia diversificada.

Mas entender como o pode complementar sua carteira, especialmente no cenário atual de possível queda de juros, pode representar um diferencial importante.

Preparando os próximos passos

Mais importante do que tentar prever o futuro é agir com base em fundamentos. Como bem resumiu o escritor E.L. Doctorow:

“Escrever é como dirigir à noite no nevoeiro. Você só consegue ver até onde os faróis alcançam, mas pode fazer toda a viagem assim.”

O mesmo vale para os seus investimentos. Com análise, diversificação e disciplina, você não precisa enxergar o final da estrada para seguir em frente.

Pense nisso.

Um abraço e até o próximo artigo. 

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