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Se nos preocupamos tanto com o futuro, por que não investir nele?

08 de setembro, 2025 Por: Natalia Santos, CEA - Analista de conteúdo no Itaú

Em entrevista ao íon, o planejador financeiro Vinicius Panizza explica alguns motivos pelos quais parte da população brasileira ainda não investe no futuro – e como contornar isso.

“Como você cuida do seu futuro?”

Com o envelhecimento acelerado da população brasileira, essa pergunta, que parece tão distante do cotidiano, começa a ter cada vez mais importância.

De acordo com o IBGE, a parcela de idosos deve praticamente dobrar até 2040, quando 1 em cada 5 pessoas terá mais de 65 anos. Apesar desse dado, , realizado em 2024, mostrou que apenas 2 em cada 10 pessoas se preparam financeiramente para a aposentadoria.

Por isso, surge a pergunta que deu título a este artigo: se nos preocupamos tanto com o futuro, por que não investir nele?”. Para buscar respostas, entrevistei Vinicius Panizza, planejador financeiro CFP® e especialista em Previdência Privada no Itaú Unibanco.

1 – Falta de planejamento atrelada à falta de recursos

Ao longo da conversa, Panizza pontuou que os motivos pelos quais as pessoas ainda não investem no futuro são inúmeros e podem variar. O primeiro deles é a falta de planejamento financeiro, que muitas vezes vem acompanhada da falta de recursos.

Investir no futuro exige tempo e disciplina e, por isso, boa parte da população dificilmente coloca a aposentadoria como algo primordial no planejamento. Quando há uma preocupação com as finanças (como a construção das  , por exemplo), é mais comum notar uma atenção maior com o curto prazo do que com o longo prazo.

Além disso, a falta de recursos impacta diretamente, dado que, atualmente, a renda no Brasil é baixa e o custo de vida é mais alto. Nesse cenário, os custos do presente se sobrepõem às economias para o futuro. Mas Panizza destaca: se conseguir começar a poupar alguma coisa para o futuro, isso já é um primeiro passo na busca da independência financeira.

2 – Imediatismo do presente

“Se você ganhasse R$ 1.000 hoje, o que faria?”

Naturalmente, a resposta para essa pergunta envolve viagens, compras, pagar dívidas e outras formas de realização pessoal que nem sempre contemplam a prática de economizar. Entre os vieses comportamentais que incentivam o consumo e o esquecimento de que um dia todos iremos envelhecer, o impacto no futuro acaba sendo inevitável.

Em geral, as pessoas tendem a preferir recompensas menores no presente a esperar uma maior atrelada ao longo prazo.  Esse efeito tem nome, se chama desconto hiperbólico, e é um viés cognitivo que nos leva a valorizar benefícios imediatos e reduzir o valor de benefícios futuros. A vontade de consumir fala mais alto do que a de economizar.

Em um mundo hiper conectado, no qual somos bombardeados de informação e incentivados a consumir o tempo todo, uma dica para evitar decisões compulsivas é refletir se realmente necessitamos daquilo. O famoso bordão “na volta a gente compra” nunca fez tanto sentido – quem nunca ouviu essa frase, não é mesmo?

3 – Educação financeira ainda precisa ser estimulada

 , a maioria dos brasileiros (55%) admite que entende pouco (40%) ou nada (15%) de educação financeira. Seja por um aspecto cultural ou pela falta de incentivo à informação, comentamos como a educação financeira deveria ser uma disciplina desde a infância, visto que, se não houver nenhuma mudança, a tendência é uma geração de pessoas endividadas no futuro.

Por isso, o grande desafio é: informação é o que não falta; o que falta é alcançar as pessoas da maneira certa para que elas se enxerguem naquela informação e saibam como aplicar no dia a dia.

Um dos caminhos para saber mais sobre educação financeira é o , que disponibiliza uma plataforma 100% gratuita com diversos cursos para aprender sobre investimentos.

***

Vencer o imediatismo para olhar com carinho para o futuro financeiro é, sem dúvida, um grande desafio. Mas substituí-lo pelo planejamento pode fazer uma grande diferença.

Diante de tudo isso, encerro com uma reflexão: como temos vivido o tempo presente para construir o futuro que queremos?

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