Nosso time de Macroeconomia revisou estimativas, tanto para o cenário local quanto para o global. Confira todos os detalhes.
Nosso time de Pesquisa Macroeconômica publicou suas revisões mensais de cenário, com estimativas para os principais indicadores do mercado.
Confira abaixo os destaques e, para mais detalhes, acesse os relatórios completos.
Brasil: pequenas revisões em ambiente ainda incerto
- O anúncio oficial das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre importações do Brasil trouxe algum alívio devido a isenções para certos produtos, que reduzem a tarifa efetiva estimada para 30% (ante 40%). Tal alívio soma-se a um dólar mais fraco ao redor do mundo e aos juros domésticos elevados, favorecendo o Real. Com isso, revisamos as nossas projeções para a taxa de câmbio para R$/US$ 5,50 em 2025 e 2026, de R$/US$ 5,65 anteriormente. As incertezas fiscais e a deterioração das contas externas, por outro lado, limitam cenários mais positivos para a moeda.
- A atividade econômica vem desacelerando, com impulso monetário contracionista e impulso fiscal menor do que nos últimos anos. Mantivemos nossa projeção de crescimento do PIB em 2,2% para 2025, com ligeiro viés baixista. Já para 2026, mantemos um viés altista em nossa projeção de 1,5%.
- Revisamos nossa projeção para o IPCA de 2025 de 5,2% para 5,1%, em função do câmbio mais apreciado, que deve impactar alimentos ainda nesse ano. Para 2026, mantivemos a projeção em 4,4%.
- O Copom encerrou o ciclo de alta da Selic em 15% a.a., sinalizando manutenção prolongada da taxa diante de incertezas externas e sinais ambíguos vindo da economia doméstica. Projetamos corte de juros apenas no 1º trimestre de 2026, mas riscos seguem inclinados para um corte ainda mais tardio, salvo choques desinflacionários relevantes.
Global: Fed sob pressão, com atividade desacelerando e inflação em alta
- Tarifas em maior patamar, mesmo com acordos. Há sinais de desaceleração da atividade e de maior impacto inflacionário nos EUA. Aumentamos nossas projeções de crescimento para a Europa e a China.
- EUA: desaceleração da atividade e aceleração da inflação colocam os mandatos do Fed sob pressão. Ainda esperamos o início do ciclo de cortes em dezembro, apesar de o risco de um corte em setembro ter aumentado.
- Europa: aumentamos nossa projeção de crescimento em 2025 para 1,1% (de 0,8%) com demanda doméstica melhor devido a juros mais baixos. Para 2026, mantemos nossa projeção de crescimento do PIB em 1,2%, com contribuição do impulso fiscal alemão.
- China: revisamos a projeção de crescimento do PIB para 4,7% (de 4,5%) em 2025, diante da resiliência das exportações, o que reduz a necessidade de novos estímulos por ora. Para 2026, mantemos a expectativa de crescimento em 4,0%.
- América Latina: ajustes pontuais e heterogêneos nas projeções deste mês.
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