Inflação, juros altos e instabilidades globais marcaram o primeiro semestre do ano e moldaram a dinâmica dos investimentos de Renda Fixa no Brasil. Entenda nesse artigo.
O cenário de 2025 se apresentou como uma janela de oportunidades na Renda Fixa.
Em 2024, a inflação superou as expectativas, fechando em 4,8%, o que levou o Banco Central a elevar a Selic para 13,25%. A alta inflação e os juros elevados fizeram com que os títulos indexados à Selic se tornassem mais atrativos, especialmente os com prazos médios e longos.
No cenário internacional, a volta de Donald Trump à presidência dos EUA gerou debates sobre tarifas, impactando o mercado global. No Brasil, a inflação continuou pressionada por serviços e produtos industriais, levando o mercado a prever uma inflação entre 6,5% e 7% nos próximos anos. Nesse contexto, títulos prefixados de 3 anos e IPCA+ acima de 5 anos se destacaram, enquanto pós-fixados permaneceram interessantes para prazos de até dois anos.
A partir de março, o mercado viveu altos e baixos. A expectativa de desaceleração global e queda nos preços das commodities levou a uma reprecificação dos ativos e um fechamento nas taxas de juros de médio e longo prazo.
Já em abril, um novo conjunto de tarifas dos EUA reacendeu preocupações com o crescimento global. No Brasil, a Selic subiu para 14,25%, mas o foco dos investidores começou a migrar para os efeitos deflacionários do cenário internacional, alimentando debates sobre o fim do aperto monetário.
Maio trouxe maior estabilidade e leve alívio inflacionário. O Banco Central subiu a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 14,75%. Já em junho, a taxa subiu para 15%, com expectativa de manutenção até o fim do ano.
O cenário para o segundo semestre seguirá sensível a mudanças na inflação, política monetária e no comércio global.
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