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O show do mercado: Rock, volatilidade e investimentos

08 de agosto, 2025 Por: Eduardo Forestieri, CFP® - Planejador financeiro, Rocker e colunista íon

Entre solos de guitarra e gráficos em ziguezague, entenda o espetáculo inesquecível dos portfólios nessa nova edição da coluna Rock N’ Pocket.

Se o mercado financeiro fosse um festival de música, seria um daqueles inesquecíveis: multidão em êxtase, luzes piscando, solos inesperados de guitarra e até aquele momento em que o vocalista se joga na plateia — um verdadeiro crowd surfing de emoções! Então, bora paralelizar um show de rock a um portfólio de investidor?

O frenesi da volatilidade: quando o mercado sobe o som

Todo investidor já sentiu o coração acelerar — seja diante de uma notícia bombástica, seja com aquele papel que disparou na carteira como um riff de guitarra inesperado e vibrante. Não é muito diferente da energia de um show de rock: as oscilações são o volume alto das caixas, o sobe e desce dos preços é o solo distorcido, e a volatilidade, ah, essa é o baterista agitado, marcando o ritmo frenético da pista.

No universo dos investimentos, a volatilidade não é vilã, mas sim o tempero necessário para que o espetáculo nunca seja monótono. Assim como todo festival tem baladas e também músicas agitadas, o mercado alterna entre momentos de calmaria (as baladas suaves de dividendos constantes) e explosões de energia (os pregões de altas e baixas aceleradas). Um portfólio diversificado é como um festival bem organizado: tem rock, blues, heavy metal, reggae e até aquele hit pop rock para agradar todos os gostos.

Grandes solos, grandes riscos: a emoção de arriscar

Sempre tem aquele guitarrista que resolve se lançar num solo improvável — e, às vezes, é exatamente isso que o público quer. No mercado, são os ativos mais arrojados, as apostas inovadoras, os IPOs flamejantes, as Criptomoedas que brilham feito holofotes. Arriscar faz parte do espetáculo – mas, assim como um solo pode desafinar, uma escolha ousada pode derrapar. O segredo está em calibrar amplificadores: volume alto, mas sem perder o controle.

A lição? Quem só toca músicas seguras dificilmente vai ouvir um estádio inteiro cantar junto. Da mesma forma, quem só investe no que é garantido pode não sentir o prazer dos grandes ganhos — mas também dorme mais tranquilo quando o som do mercado fica estridente. A chave é saber seu perfil investidor. Para descobrir, .

A balada dos dividendos e a tristeza dos Bear Markets

Nem só de euforia vive o investidor. Como todo bom show, também há espaço para as baladas — aquelas músicas que embalam multidões, mas fazem a plateia refletir e, às vezes, até chorar. Os dividendos são as baladas dos investimentos: quase previsíveis, que permitem recarregar as energias e lembrar que, mesmo nos momentos de baixa, ainda há motivos para celebrar.

Já o Bear Market é aquela música triste no setlist, quando a luz baixa e a plateia segura o isqueiro (ou o celular, nos tempos atuais) e torce para a próxima canção ser mais animada. O importante é saber que, assim como no rock, essa fase não dura para sempre. Logo volta o refrão explosivo e o mosh pit retoma.

Sacadas inteligentes para o Investidor-Rocker

  • Se prepare para o improviso: nem todo show segue o setlist ao pé da letra, assim como o mercado nem sempre respeita análises ou previsões.
  • Tenha uma banda diversificada: misture estilos, instrumentos e artistas — ou seja, diversifique seus ativos para garantir harmonia ao portfólio.
  • Não tenha medo do volume: volatilidade alta pode assustar, mas também traz oportunidades para solos de retorno surpreendentes.
  • Valorize as baladas: ativos de renda fixa e dividendos são as músicas tranquilas que equilibram o setlist e acalmam a alma.
  • Seja fiel ao seu público: conheça seu perfil de risco. Não adianta querer tocar metal pesado se o seu coração bate ao som do folk.

O mercado, como o rock, é intenso, imprevisível, muitas vezes barulhento, mas absolutamente inesquecível para quem embarca na jornada. Invista com técnica e paixão, esteja pronto para as reviravoltas e, acima de tudo, aproveite o espetáculo — porque, no final, é isso que faz a história valer a pena.

Até o próximo artigo.

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