Na coluna Rock N’ Pocket desse mês, Eduardo Forestieri faz um interessante paralelo com portfólios de investimentos.
Quem passa a linha de chegada merece um prêmio, um beijo de namorada, um troféu? Ao olhar pra trás após uma maratona, uma entrega excelente ou mesmo um show de Rock, qual o sentimento que se fica? E se nessa hora te derem papel e caneta, um notebook ou ainda um gravador no celular para que você descreva como foi essa jornada?
Se isso for feito lá no final da vida, isso será um epitáfio, uma inscrição ou mensagem gravada em uma lápide, destinada a homenagear e lembrar a vida de uma pessoa falecida. Tradicionalmente, são breves e poéticos, capturando a essência da pessoa e suas realizações de maneira concisa e significativa. Às vezes incluem citações, versos bíblicos ou reflexões pessoais que transmitem sentimentos de amor, respeito e saudade.
Agora, imagine que estamos falando de um portfólio de investimentos como se fosse um epitáfio. Pensando em um portfólio de investimentos como uma coleção de ativos financeiros, como Ações, títulos, imóveis e outros instrumentos (às vezes até guitarras antigas colecionadas ou pianos raríssimos usados nas melhores baladas de rocks progressivos), que um investidor possui com a meta de alcançar seus objetivos financeiros. Assim como um epitáfio, um portfólio de investimentos pode refletir a jornada e as escolhas de uma pessoa ao longo do tempo. Ele representa as decisões tomadas, os riscos assumidos e as recompensas obtidas.
Ao longo do tempo, um portfólio de investimentos pode passar por várias fases, desde o crescimento inicial até a maturidade e, eventualmente, o declínio (desinvestimento). No final dos tempos, quando a carteira decide encerrar suas atividades financeiras, o portfólio de investimentos pode ser visto como um legado, uma lembrança das conquistas e desafios enfrentados. Assim como um epitáfio, ele conta uma história – não apenas de números e valores, mas de sonhos, ambições e realizações.
E o que poderia estar escrito na lápide de um portfólio de investimentos?
“Rendi, mas poderia ter arriscado mais…”
“Não deveria ter protegido tão pouco…”
“Fiquei gigante porque comecei cedo…”
“Transformei economias em realização de sonhos…”
Portanto, ao refletir sobre um portfólio de investimentos no final dos tempos, podemos pensar nele como um epitáfio financeiro, uma homenagem à jornada do investidor e às escolhas que moldaram seu caminho. É uma lembrança duradoura de que, assim como na vida, cada decisão e cada momento têm seu valor e significado.
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