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Revisão de cenário: tarifas travam melhora

14 de julho, 2025 Por: íon Itaú

Nosso time de Macroeconomia revisou estimativas, tanto para o cenário local quanto para o global. Confira todos os detalhes.

Nosso time de Pesquisa Macroeconômica publicou suas revisões mensais de cenário, com estimativas para os principais indicadores do mercado.

Confira abaixo os destaques e, para mais detalhes, acesse os relatórios completos.

Brasil: tarifas travam melhora

Nas últimas semanas, o cenário externo apresentou desenvolvimentos que se refletiram na dinâmica dos ativos brasileiros. A política fiscal expansionista e comercialmente protecionista dos Estados Unidos tem reduzido a diferença entre o crescimento da economia americana em relação ao resto do mundo, favorecendo um enfraquecimento do dólar globalmente. Isso, somado a uma redução de tensões geopolíticas, contribuiu para a valorização de ativos de países emergentes, entre eles o Real. Tal tendência deveria se aprofundar à frente, não fosse o anúncio de tarifas de 50% sobre as exportações de bens brasileiros para os EUA. Com forças atuando em direções opostas, mantivemos a projeção da taxa de câmbio em R$ 5,65 em 2025 e 2026.

Mantivemos nossa projeção de crescimento do PIB em 2,2% para 2025 e 1,5% para 2026. Para este ano, revisamos o balanço de riscos de neutro para baixista, refletindo o desempenho mais fraco da atividade econômica no 2T25 e o impacto de tarifas impostas pelos EUA no crescimento à frente.

Revisamos nossa projeção para o IPCA de 2025 de 5,3% para 5,2%, com destaque para a queda em alimentos, influenciada pelo recuo no preço de milho, além da redução do IPI sobre automóveis. Esses efeitos são apenas parcialmente compensados por reajustes pontuais já anunciados de energia elétrica e loterias. O balanço de riscos está marginalmente baixista para o ano.

Dada a incerteza elevada e os efeitos defasados da política monetária, o Copom deve ter encerrado o ciclo de alta na última reunião, no nível de 15,00%. A autoridade monetária também sinalizou manutenção dos juros por período bastante prolongado. Esperamos início de corte de juros apenas no 1º trimestre do próximo ano, com a Selic encerrando o ano de 2026 em 12,75% a.a. Riscos seguem inclinados para um corte ainda mais tardio, salvo choques desinflacionários relevantes.

Global: menor atratividade para ativos americanos, dólar mais fraco

Cenário de dólar fraco tende a continuar. Tal movimento decorre de fatores estruturais e conjunturais como a piora do cenário fiscal americano, a política errática de tarifas, riscos geopolíticos, ataques a independência do Fed enquanto o crescimento do resto do mundo segue estável. Projetamos agora o EUR em 1,20 (de 1,12) e o CNY em 7,15 (de 7,20). No entanto, o movimento pode não ser sentido igualmente para todos os países.

EUA: continuamos a esperar apenas um corte de juros do Fed esse ano (em dezembro), com o mercado de trabalho ainda resiliente e incerteza sobre o impacto do choque tarifário na inflação.

Europa: esperamos crescimento de 0,8% em 2025 e reduzimos para 1,2% (de 1,5%) a projeção do PIB para 2026, com expectativa de implementação mais lenta de gastos alemães em defesa.

China: mantemos projeções de crescimento do PIB em 4,5% para 2025 e em 4,0% para 2026. Atividade resiliente com exportações ex-EUA e implementação do pacote fiscal já programado reduzem a necessidade de estímulos adicionais.

América Latina: incerteza tarifária paira sobre a região.

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