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O que muda quando adicionamos Ouro nos investimentos

29 de setembro, 2025 Por: Renato Eid - Sócio da Itaú Asset e Head de Estratégias Beta e Investimento Responsável no Itaú

Menos sustos, mais equilíbrio: entenda o papel que este metal precioso pode ter na carteira no novo artigo de Renato Eid.

Se você já ouviu que “ouro é para tempos difíceis”, mas nunca entendeu por que colocar o metal na sua carteira, não se preocupe: dá para explicar sem jargão.

E é sobre isso que vamos falar na coluna de hoje.

Pense no ouro como o extintor de incêndio do portfólio. Você não compra porque espera usar todo dia, e sim porque, quando o fogo aparece — inflação teimosa, dólar nervoso, crises geopolíticas —, ele ajuda na contenção de danos.

O que faz o Ouro subir (ou segurar a onda)

O Ouro costuma se comportar diferente de outros ativos e, muitas vezes, de títulos. Essa descorrelação é o coração da sua tese. Não é sobre “ganhar mais”, é sobre cair menos quando o resto vai mal — e isso, na prática, pode melhorar o resultado da carteira ao longo do tempo.

Três forças simples movem o ouro:

  • Medo e incerteza: quando o noticiário esquenta (guerras, calotes, aversão a risco), investidores buscam proteção;
  • Juros e moeda: juros menores lá fora costumam favorecer o ouro, porque o “custo de oportunidade” cai; já o dólar forte/fraco mexe com o preço em reais;
  • Inflação: o ouro é um ativo real; e ao longo de ciclos longos, ele tende a preservar poder de compra (melhor do que deixar o dinheiro parado).

Por que investir em Ouro?

O mundo vive um combo raro:

  • Inflação mais alta que o normal em várias economias, ainda que caindo aos poucos;
  • Ciclos de juros em transição (abre-se a porta para cortes, mas com idas e vindas);
  • Riscos geopolíticos frequentes;
  • Dívidas públicas elevadas em países grandes, o que faz investidores questionarem moedas e juros no médio prazo.

Em cenários assim, o Ouro costuma ganhar atenção por ser um “ativo de confiança” global e por não depender do lucro de ninguém.

Quanto alocar?

Para a maior parte dos investidores, 5% a 10% da carteira em Ouro costuma ser um ponto de partida razoável. Pouco demais não faz diferença; muito demais traz um desbalanceamento que ninguém quer. O ouro não paga renda – ele protege e equilibra. Por isso, a ideia é que ele possa ser um coadjuvante importante, e não o protagonista.

Como encaixar na carteira

Se o objetivo é proteger também contra alta do dólar frente ao real, prefira a estratégia que tenha a oscilação cambial (). Se você só quer o metal e ainda receber o diferencial de juros Brasil e Estados Unidos, busque estratégias sem exposição cambial ().

Acesse aqui mais informações sobre o  e o .

Quais perguntas se fazer antes de investir?

  • Defina o papel do ouro: metal puro, diversificação e/ou proteção cambial?
  • Escolha a estratégia (com ou sem hedge) e a porcentagem;
  • Compre em parcelas (duas, três ou até quatro rodadas): o Ouro pode “pular” de preço; então entrar aos poucos ajuda na composição de preço médio;
  • Rebalanceie: a cada 6 ou 12 meses, volte a alocação alvo. Se subiu demais, vende um pouco; se caiu, compra um pouco. É assim que o Ouro “trabalha” a favor da carteira;
  • Cuidado com expectativas: o Ouro pode ficar parado por meses. Ele brilha, de verdade, quando o resto sofre.
Uma boa metáfora: cinto de segurança. Você não compra um carro pensando no cinto, mas quando precisa, ele salva. Na carteira, o Ouro é isso: não deve dominar o portfólio, mas a presença constante deixa a viagem mais tranquila, inclusive psicologicamente. Quem tem Ouro sofre menos FOMO (medo de ficar de fora) nas altas e menos pânico nas quedas, porque sabe que tem um amortecedor.

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