Nosso time de Macroeconomia revisou estimativas para o cenário local. Confira todos os detalhes.
Nosso time de Pesquisa Macroeconômica publicou sua revisão mensal de cenário com estimativas para os principais indicadores do mercado.
Confira abaixo os destaques e, para mais detalhes, acesse o relatório completo.
Brasil: sem mudar o curso
Revisamos nossa projeção para a taxa de câmbio para R$ 5,35/US$ em 2025 (ante R$ 5,50/US$), mantendo R$ 5,50/US$ para 2026. O cenário externo benigno, com enfraquecimento global do dólar, deve permitir que o Real siga operando em níveis mais apreciados no curto prazo. Para o ano que vem, no entanto, o estreitamento do diferencial de juros, o prêmio de risco e o cenário desafiador das contas externas limitam perspectivas mais favoráveis.
A atividade econômica deve seguir desacelerando no segundo semestre do ano, refletindo os efeitos defasados de política monetária contracionista. Mantemos nossas projeções de crescimento do PIB em 2,2% para 2025, com ligeiro viés de baixa, e em 1,5% para 2026, com viés de alta.
O câmbio mais apreciado deve ter impacto na inflação de alimentos ainda esse ano. Revisamos nossa projeção para o IPCA de 2025 de 5,1% para 5,0%. Para 2026, mantivemos a projeção em 4,4%.
As expectativas de inflação recuaram modestamente e a atividade dá sinais de desaceleração. Ainda assim, com inflação corrente e expectativas (em diferentes prazos) substancialmente acima da meta e cenário externo incerto, é essencial cautela e perseverança na estratégia de manutenção de juros elevados por período prolongado, evitando cortes prematuros que poderiam comprometer a ancoragem das expectativas e reverter ganhos recentes. Mantemos a projeção de início do ciclo de flexibilização apenas no 1T26.


